terça-feira, 29 de novembro de 2011

Qual o jeito quando não há mais jeito?


E é na infância que aprendemos a separar nossos amigos em amigo e melhor amigo (aonde está o seu melhor amigo da infância?). Havia sempre aquele que era o melhor amigo, e, geralmente, da infância à vida adulta, damos esse título à pessoa errada: chamamos de melhor amigo aquele do qual mais gostamos, mas, nem sempre (e geralmente não é) o que mais gostamos é o que é o melhor para nós. Crescemos e passamos para a tola divisão dos amigos e os estimados "amigos de verdade". Não há "amigos de verdade", pois se alguém é "amigo de mentira", simplesmente não é amigo. É colega, é conhecido, é alguém que suporto por me trazer vantagens, mas amigo não é.

Há quem prefira ser polido (ou seria falso?) e, por isso, mesmo magoado, tendo perdido a confiança e até mesmo o respeito mútuo, prefere manter a amizade e a convivência (a que for necessária, claro), viver em uma Guerra Fria de indiretas trocadas diretamente, de palavras intencionalmente para irritar, de farpas compondo a toalha de um agradável piquinique entre "amigos". Afinal, vai que um dia você precisa daquela pessoa? Ou vai que os outros te chamam de infantil por encerrar uma amizade? E aquele dia em que foi bom? E se todos os outros "talvez", talvez, ocorram? E se o passado voltar e se o futuro melhorar? Esquece isso tudo, e me diz: e você? Como VOCÊ se sente agora e na maior parte do tempo? Qual o jeito quando não há mais jeito?

Eu posso estar errado, e há, na verdade, uma parte em mim que implora para que eu esteja, mas eu prefiro dizer "não quero mais"! Se eu não tenho nada de bom para levar para alguém, se eu não confio mais, se eu me sinto desrespeitado, se me dói, se eu não me sinto mais feliz e capaz de fazer o outro feliz, por que manter uma "amizade"? Há palavras que não voltam, situações que não tem como reverter. Levo amizade muito a sério (criança sempre se entrega, nunca está brincando, quem diz que é brincadeira são os outros) para transformar amigos que amei (e ainda os amo) em colegas. Eu prefiro não espernear, não fazer pirraça e fingir que tirei férias, perdi a memória e não lembro mais quem é aquele "amigo", e jogar o "jogo do contente" para continuar a sorrir. Não que eu faça isso com dezenas de pessoas, criança só sabe contar até 10, não costuma ter mais do que esse número de amigos. Criança também não gosta muito de rotina. Quando a coisa não é agradável de ser feita, tolera apenas o que realmente precisa fazer.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Apenas viver..


"Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascinante. Nossa insanidade tem nome: chama-se vontade de viver até a última gota."
— (Martha Medeiros)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Como é bom estar assim..



Você é feliz? Não espalhe, já que tanta gente se sente agredida com isso. Mas também não se culpe, porque felicidade é coisa bem diferente do que ser linda, rica, simpática e aquela coisa toda. Felicidade, se eu não estiver muito enganada, é ter noção da precariedade da vida, é estar consciente de que nada é fácil, é tirar algum proveito do sofrimento, é não se exigir de forma desumana e, apesar (ou por causa) disso tudo, conseguir ter um prazer quase indecente em estar vivo.
Martha Medeiros

sábado, 19 de novembro de 2011

Eu amei você como um fogo-vermelho, e agora está se tornando azul.

 "Dói, né?
— O que?
— Esperar que venham te procurar…
Não é isso que dói.
— Não?
— Não. O que dói é perceber que você não fazia falta. E que de uma hora pra outra, deixou de ser tudo, e virou um nada.
"

 

Realmente, depois de tudo.. conversas, brincadeiras e risos e pensar que um dia essa pessoa e a amizade era tudo na relação e ver que foi um sonho, engraçado é que até festas você programou, filmes e tudo mais e hoje em dia, essa pessoa não liga nem pra saber se você está viva. é o cúmulo mesmo. Vou levando os dias junto com as minhas mágoas, já chorei tanto que não existe mais lágrimas. Eu sei que você deve dizer que quem é de verdade fica, mas isso no fundo só faz com que eu sinta mais dor, porque eu me entreguei de corpo e alma nisso e  tudo se foi.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A falta que esse amor fará..

 
 
Para mim é horrível eu aceitar o fato de que eu tô em disponibilidade afetiva. Esse espaço entre dois encontros pode esmagar completamente uma pessoa. Por isso eu acho que a gente se engana, às vezes. Aparece uma pessoa qualquer e então tu vai e inventa uma coisa que na realidade não é. E tu vai vivendo aquilo, porque não aguenta o fato de estar sozinho. 
Caio Fernando Abreu


sábado, 12 de novembro de 2011

Soldier of love.


“Quando eu acreditei que seria sincero, acabei me deparando com o que costumo chamar de “decepção” ou “tapa na cara”. Sabe aquela escorregada que você precisa dar pra aprender a levantar? Então, é disso que estou falando.Eu não colocava nele toda a minha felicidade, eu não queria mandar nele, eu não queria que ele deixasse de ver a Lua ou curtir o Sol, eu só queria que ele tivesse me amado metade do que ele disse que amava, ou metade do que eu amava.” Tati Bernardi

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

SOS Solidão!!



Nunca vi uma música significar tanto, falar tudo que você sente, e essa aqui é uma delas.(Pra mim)


Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir
Socorro, alguma alma, mesmo que penada
Me entregue suas penas
Já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate, nem apanha
Por favor, uma emoção pequena
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Em tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Socorro, alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento, acostamento, encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada, nada.

domingo, 6 de novembro de 2011

Antes fosse.



Vou deixar tudo como esta. Vou tentar melhorar com o tempo, isso se alguém não estragar tudo. Vou tentar seguir em frente como se nada estivesse acontecendo ou aconteceu. Porque geralmente é assim que funciona. É assim que as pessoas seguem em frente. E se der sorte consigo chegar a algum lugar. Porque por enquanto nenhum caminho me leva a alguma coisa, sempre me encontro no mesmo lugar, com os mesmos objetivos e perdendo ainda mais a esperança que algum dia eles se tornem realidade. Sim, as pessoas dizem que para alimentar um sonho é preciso lutar por ele, como se fosse fácil. Sim, eu sei que pode haver dificuldades para realizar alguns deles, mas não sabia que a vida exigiria tanto de mim e eu não conseguiria doar nem a metade. Não é falta de motivação ou falta de vontade, antes fosse. Mas não é.  Adri Reis

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Não vou mais lhe segurar...



Desculpe-me. Sim, por esse jeito torto. Meu mal jeito, minha falta de jeito. Essas manias tolas. Esse jeito às vezes tanto exagerado. Meus receios. Minhas inseguranças. Meus medos fúteis. Meu jeito errado, por muitas vezes sem conserto algum. Essa mania de fazer tudo errado. Desculpe-me por falar demais e querer dizer tão pouco, ou sentir tudo e não dizer absolutamente nada. Desculpe essa mania de solidão. Esse isolamento que tenho vez ou outra. Essa vontade repentina de querer ficar sozinha, mas as vezes ter um medo absurdo da solidão. Ou essa mania de dizer o que na verdade não sinto em momentos de raiva. Desculpe-me por as vezes não conseguir ser tão forte o quanto gostaria ou por não me cuidar do jeito que prometo. Promessas… também tenho certa mania em quebrá-las. Sentir demais e demonstrar tão pouco. Ser tão carente de atenção e obter esse medo insuportável de perdê-la. Eu sei, enjoa esse meu jeito de precisar de você. Até eu mesma ando enjoada, mas é inevitável não sentir essa necessidade de alguém, de você. Desculpe-me também por vezes ou outras desacreditar no seu amor. Acho que não consigo acreditar que alguém possa amar por completo, e suportar tantos defeitos. Até quando eu mesma não consigo. Vez ou outra não consigo me amar, nem um pouquinho, nem uma pontinha e não consigo acreditar que possa gostar do que sou. Esse medo que se enjoe, até mesmo porque muitas vezes me pego enjoada de mim mesma.  Adri Reis

  • Ele: Se você quisesse, me daria uma segunda chance.
  • Ela: Existe segunda chance, e não segunda confiança.
 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Só algumas.


Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança. Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo, me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga. Algumas paranóias, mas nada de grave. O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada. Estou todo sensível, as coisas me comovem. ‘
— Caio F.