E a palavra do dia é… Que rufem os tambores… DECEPÇÃO.
Existe uma coisa em mim, minha marca pessoal e inegável: eu decepciono pessoas. Não posso impedir isso, foge do meu controle e acontece quando menos de espera e quando menos eu quero. Não é intencional, não me sinto bem com essa faceta de minha personalidade, entretanto não existe nada que eu posso fazer. Então, pessoa do outro lado da tela, esteja preparada: mais cedo ou mais tarde irei decepcionar você.
Eu tenho o dom de me doar por inteiro naquilo que me proponho a fazer. Sempre desempenhei com afinco meus papéis de amiga, filha, namorada, educadora. Só que chega um momento na história toda em que o cansaço bate. Sabe quando você não quer levar rosas, discutir música ou ler ou sair de casa? Então você fica naquele estágio introspectivo no qual você quer apenas descansar de tudo, colocar a cabeça no travesseiro e dormir por dias seguidos. Estou nesse momento.
Quando você é o filho dedicado e tira uma nota ruim ou se esquece de dar o rotineiro beijo de boa noite na sua mãe, ela se decepciona. Se você é um bom namorado, no instante em que se esquece do aniversário de namoro, sua namorada se decepciona. Assim que fugimos do padrão idealizado das pessoas – o que ajudamos a construir um pouco de mea culpa aí – elas invariavelmente se esquecem de todos os nossos esforços diários para pintar o céu com as melhores cores. Não podemos culpá-las por desejar que sejamos perfeitos. Não é essa a imagem que vendemos diariamente?
Por hoje cansei. Gente, cai na real: eu sou humana. Eu vou esquecer prazos, trabalhos importantes, flores, se bobear até a aliança de casamento. Eu tenho defeitos iguais a todo mundo, mesmo que pareçam mais bizarros. Por mais que eu tente e goste de ser o melhor que posso, chega um momento em que falha. É ótimo que vocês tenham me vestido com uma fantasia de super-heroína, professora do ano e excelente pessoa. O problema é que sou como vocês. Vamos nos tratar de igual pra igual, sem decepções, por favor.
Stephany Soares